Quando pensava eu que a noite alcobancense já não tinha muito mais para oferecer (ingenuidade a minha, credo!), eis que descobri o Clinic em noites de lua-cheia, ainda por cima com um dj espanhol a passar música (a relação entre as duas coisas é inexistente, mas fica bem no texto). Só para fazer inveja aos dois membros do blog que se cortaram e acabaram por não lá ir, cá vai alho, resumido, é claro, que há coisas que não são para contar :p
Tudo começou no animado jantar de aniversário do Gui e do Nyko que, além de ter sido abundante em pizzas "fast-full", foi palco de novas e fascinantes descobertas no campo da ciência da restauração: um dos aniversariantes, por exemplo, apercebeu-se que meia-dose de febras na El-Rei equivale a um prato tão cheio de comida quanto uma dose (ou mais!)...começo a imaginar o que seria duas. Para a posteridade e futura análise científica ficou o registo fotografico da cara de esgroviado do Ivo, entre outras coisas. Mas adiante. A dada altura o Gui decide desencaminhar-me ao sugerir que eu pedisse uma garrafa de vinho e começasse a beber (Pf! Pf! Shame on you :p), sugestão essa que eu, pobre coitado, lá segui e, com muito esforço (cof! cof!), lá bebi uns cinco ou seis copos de vinho, sempre de penalti, é claro. Onze horas e trinta minutos, lá vou eu meio tocadito a caminho da vida noturna alcobacense (que emocionante). Primeira paragem: Capador! Vai uma cerveja preta goela abaixo; as hormonas começam a lançar os primeiros foguetes (salvo seja :p). Próxima paragem: jardins do Mosteiro. A Inês (maluca, doravante implicito) estava a olhar sei lá para quê com um copo de traçadinho na mão e eu achei o objecto muito estético, pelo que puxei dele, ela passou-o para a minha mão com a ideia de que eu o ia simplesmente agarrar...achei que o conteúdo ficava melhor no meu estômago. Seguinte: Capador (outra vez). Vai mais dois copos da Inês de penalti. Pronto! E foi assim, neste estado alcoolizado que eu fui para o Clinic, não sem antes ficar especado, sentado, a mirar umas quantas pessoas enquanto imaginava coisas menos próprias com elas (ai!) e andar aos beijinhos, festinhas e abraçinhos a uma rapariga; depois lá li a opinião feminina de que eu andava "delicioso" 8)
Clinic...oh deuses! Aquilo era um pote de hormonas pululantes em dia de festa! Tudo muito animado, tudo a curtir muito o som (que, acrescente-se, foi óptimo a noite toda), batia-se palmas ao dj, saltava-se e houve uma abundância extrema de trocas de olhares, engates manhosos, apalpões, meter conversa descaradamente como quem nem sequer finge que não quer a coisa; roça aqui, roça ali, olha só quem está atrás de ti! Ele é meu, ela é minha, eles todos são meus e aquele é quem eu tinha! Não te conheço, mas não faz mal, dou-te a mão, um abraço e um beijinho à mesma com carinho (ou não!); passa a mão aqui, passa a mão acolá, ai que já a meti lá! Noite de lua-cheia? Qu' ideia! Perdi a conta ao número de pessoas que eu não conheço de lado nenhum que me cumprimentaram, meteram-se comigo, deram a mão e afins. E nunca ninguém tinha bebido da minha garrafa de água daquele modo (à altura da minha cintura)!
Que obscenidades! Que imoralidades! Que impudor!...Oh que grande noite! :D E os aniversariantes lá se cortaram...baaaaaa! Perderam uma noitada brutal com animação extra que sobrava para dar...e acreditem que muita gente estava diposta a "dar-se" :p O som foi óptimo, o ambiente excelente, mesmo pessoas que não se curtiam ou não se davam lá muito bem andavam aos abraços, beijinhos, brincadeira pegada, metiam-se umas com as outras...e vocês à conversa na rua, pá!